Em 2019, a Capital One, uma das maiores instituições financeiras dos Estados Unidos, sofreu uma das violações de segurança na nuvem mais significativas até o momento. Um invasor acessou dados sensíveis de mais de 100 milhões de clientes por meio de uma configuração incorreta em sua instância do Amazon Web Services (AWS). As informações expostas incluíam nomes, endereços, datas de nascimento, rendas declaradas e, em alguns casos, números de previdência social e detalhes de contas bancárias.
A violação ocorreu quando um ex-funcionário da AWS explorou um firewall mal configurado para executar um ataque que aproveitou uma vulnerabilidade de permissões do sistema. Esse erro permitiu que o hacker obtivesse credenciais de acesso e baixasse dados confidenciais dos servidores em nuvem. Embora o problema tenha sido detectado rapidamente e o invasor tenha sido preso, o dano já estava feito. O Capital One enfrentou pesadas penalidades regulatórias e uma perda significativa de confiança dos clientes.
Este incidente destaca a importância de auditar regularmente as configurações de nuvem, uma tarefa que muitas empresas tendem a ignorar. Os relatórios indicam que as configurações incorretas são responsáveis por mais de 70% de violações em ambientes de nuvem. Ferramentas como AWS Config e práticas como monitoramento contínuo poderiam ter prevenido esse incidente alertando a empresa sobre falhas de configuração.